Surgimento e povoação
Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.
Já no século XIX o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire fez anotações em seu diário de viagem em que descrevia uma fazenda "que era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamos". Era o ano de 1819 e o lugar descrito pelo estudioso francês, a Fazenda das Antas. O certo é que pelos idos de 1833, os fazendeiros de há muito fixados às margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aí realizavam novenas e orações. Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.
A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roiz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana.
No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado à Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estágios de vila e de cidade.
Imagem secular
A imagem da santa padroeira de Anápolis - que segundo relatos pertenceu a Dona Ana das Dores, mãe de Gomes de Souza Ramos - esteve por muitos anos preservada fora da cidade. Localizada em Pirenópolis foi trazida para Anápolis onde é guardada como relíquia histórico-religiosa, na Matriz de Santana.
A imagem tem uma saga que remonta a 142 anos, portanto quase sesquicentenária. A comunidade católica de Anápolis dedica devoção especial à sua padroeira, cujo onomástico se celebra a 26 de julho, quando a imagem centenária pode ser admirada durante a novena precedente àquela data que se celebra na Matriz de Santana, todos os anos.
Desígnio
A devoção a Nossa Senhora Santana influiu de forma inequívoca na fundação de Anápolis. A partir da construção de uma pequena capela, em 1871, por Gomes de Souza Ramos, formou-se a aglomeração urbana que se constituiria dois anos depois em Freguesia de Santana das Antas.
A outra versão que preserva um cunho mítico sobre o surgimento de Anápolis, conta que a fazendeira Ana das Dores de Almeida viajava de Jaraguá para Bonfim (atual Silvânia), quando em determinada etapa da viagem um dos muares de sua tropa (a mula que conduzia a imagem de Santa Ana) desgarrou-se dos demais. Localizado o animal, resultaram inúteis os esforços para fazê-lo retomar a marcha, o que levou a devota a interpretar o fato como se manifestação de que "a santa ali desejava ficar". A viajante fez propósito de que mandaria construir uma capela no local onde seria introduzida a estátua sagrada. Essa determinação de Dona Ana das Dores foi concretizada por seu filho, Gomes de Souza Ramos, 11 anos mais tarde.
Anápolis hoje
Estamos em posição privilegiada não apenas quanto ao aspecto geográfico, mas como ponto estratégico para o escoamento de cargas para todas as regiões do Brasil
A 1ª Alada de Defesa Aérea construída na década de 70 em pleno regime militar com objetivo proteger a Capital Brasília, foi transformada na década seguinte em Base Aérea com sede das aeronaves F103 Mirage, hoje substituído pelos Miragens 2000, tende a passar por mais uma ampliação, agora será em breve um Parque Tecnológico.
Com a criação do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA), também na década de 70, o município deu um grande salto na economia estadual, passando a ser a 2ª maior cidade, incluindo o aumento populacional.
Cidade de clima agradável, com estações do ano bem definidas. Tudo isso se deve ao fato das várias áreas de preservação ambientais (APAS), espalhadas tanto no setor urbano quanto no rural.
Devido ao crescimento populacional, a infraestrutura está sendo reavaliada. Temos um grande número de veículos que trafegam no perímetro central, ocasionando transtornos de enormes engarrafamentos, para tal a saída é a construção de viadutos que viabilizaram o desafogamento das principais vias de circulação de veículos.
Várias praças foram revitalizadas proporcionando a população anapolina áreas de lazer e cultura incluindo playground.
O Central Parque da Juventude, foi o primeiro parque ambiental de Anápolis, pois os lagos contidos nele são formados pelo Córrego das Antas. No passado o local era um Balneário para médicos e equipe de enfermagem do Hospital Evangélico Goiano de propriedade do Dr. James Fanstone. Devido a abundancia de água e a expansão urbana o Balneário sedeu o espaço para a primeira Estação de Tratamento de Água de Anápolis.
O Parque Ambiental Ipiranga foi projetado para atender as necessidades físicas, sócio e ambiental da cidade neste novo milênio. É composto de pista de caminhada, ciclismo, Playground, Orquidário, Arena Cultural e o Núcleo Ambiental.
Durante todo mês de julho várias atividades comemorativas estão sendo oferecidas aos moradores do município e o marco culminante será o desfile Cívico Militar no dia 31 de julho.
Convite especial
Por ser uma cidade de gente hospitaleira e várias opções de divertimento, venham conhecer Anápolis e conferir aproveitar essas maravilhas.
Localização:
Fica a 140 Km de Brasília e 50 Km de Goiânia.