Contador de visitas

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dica aos professores


Recebi este email da Diracleia Santos, um desabafo de uma professora de matemática. 

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação,
datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas,
Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a
Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas..

Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada comprei um produto que custou R$15,80. Dei à balconista
R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber
ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para
a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se
convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos
olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente
continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que
foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de
produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção
é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de
produção é R$80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção
é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
 

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de
produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00.

Está certo?
( )SIM ( ) NÃO



6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção
é R$ 80,00.Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção
é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. (Se você é
afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria
social não precisa responder)


( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com
que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a
professora provocou traumas na criança.

Em 1969 os Pais do aluno perguntavam ao "aluno": "Que notas são estas...????

Em 2009 os Pais do aluno perguntam ao "professor": "Que notas são
estas...????

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.



"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Precisamos começar JÁ! 

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive... 



Visitem e acompanhem o blog, nele vocês encontrarão conteúdos riquíssimos para educação infantil.
Vale a pena conferir.


Técnica é inspirada em caso de esquiadora que sobreviveu sem sequelas depois de seu coração ter parado por mais de 3 horas.



Médicos nos Estados Unidos estão usando uma técnica revolucionária que congela os pacientes até um ponto em que eles poderiam ser considerados mortos para depois submetê-los a cirurgias cardíacas complicadas.

A técnica, usada no Hospital New Haven da Universidade de Yale, induz a hipotermia reduzindo a temperatura do corpo do paciente dos 37 graus normais para apenas 18 graus centígrados.

"O corpo está essencialmente em real estado de animação suspensa, sem pulso, sem pressão, sem sinais de atividade cerebral", explica o médico John Elefteriades.

A baixa temperatura do corpo permite que os cirurgiões tenham tempo para realizar a operação reduzindo o risco de danos ao cérebro e outros órgãos e diminuindo a necessidade do uso de anestésicos e máquinas.

Depois da operação, o corpo do paciente é lentamente aquecido e seu coração, estimulado com um desfibrilador.



Cirurgia com indução de hipotermia (Foto: BBC Horizon )
Recuperação milagrosa

Em medicina, técnicas revolucionárias frequentemente surgem após acidentes. Onze anos atrás, Anna Bagenholme, uma esquiadora de 29 anos caiu por um buraco no gelo na Noruega.


Anna Bagenholme sobreviveu após parada cardíaca de mais de três horas


Seu coração parou de bater por mais de três horas e sua temperatura corporal caiu para 13.7 graus centígrados.


Esta foi a mais longa parada cardíaca da história, e com a temperatura mais fria já registrada.


Bagenholme parecia morta, mas os médicos que a atenderam sabiam que o frio que tinha feito seu coração parar também poderia ter preservado seu cérebro. Eles decidiram então seguir com a ressucitação e começaram a aquecê-la lentamente.


Após algum tempo, o coração da esquiadora voltou a bater e três semanas mais tarde, ela abriu os olhos pela primeira vez e começou uma recuperação lenta e gradual.


O fato de ela ter sobrevivido sem seqüelas alterou o conceito de vida e morte e permitiu que os médicos tentassem manipular esse processo para salvar outros pacientes.


'Técnica fascinante'

Em circunstâncias normais, quando há necessidade de parar o coração para a realização de uma cirurgia, os médicos usam uma máquina coração-pulmão para substituir as funções do órgão durante a operação.


Mas em alguns casos, o uso dessa máquina não é possível e a técnica de hipotermia está se provando uma boa alternativa.


"É a técnica mais fascinante que já vi em medicina e, a cada vez, parece um milagre ela funcionar", diz Elefteriades.


Esmail Dezhbod, de 59 anos, precisava de reparos complicados em veias em torno de seu coração para impedir o rompimento fatal de um aneurisma na aorta.


Em seu caso, as cirurgias tradicionais não podiam ser realizadas sem que houvesse danos cerebrais e o doutor Elefteriades optou pela indução de hipotermia.


Os riscos eram enormes, mas não havia alternativa melhor e a aposta deu certo, com o paciente sendo reanimado com sucesso após a cirurgia.


"Eu tenho dor, não é fácil. Mas sei que o fim será feliz e sei que meu problema foi resolvido", disse Dezhbod.



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Imagens mostram mancha de sujeira em lagoas da Zona Oeste do Rio


Biológo diz que cerca de 80% das lagoas da Tijuca estão mortas.
Motivo é a grande quantidade de esgoto despejada de forma irregular.


Imagens feitas de helicóptero mostram uma grande mancha de sujeira em lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O flagrante feito na manhã de quarta-feira (22) foi durante a maré baixa. As lagoas parecem um grande canal de esgoto de cor esverdeada.

Segundo o biólogo Mário Moscatelli, cerca de 80% da área das lagoas da Tijuca estão mortas por causa do despejo irregular de esgoto e lixo. E é na maré baixa que a situação aparece de forma mais grave, por causa do assoreamento provocado pelo excesso de lama.

A secretária estadual do ambiente, Marilene Ramos, informou que o Instituto estadual do Ambiente (Inea) já está finalizando os projetos de licenciamento para que as obras de dragagem das lagoas sejam concluídas. O edital de licitação ainda será publicado, mas a previsão é de que o trabalho só comece a partir de fevereiro do ano que vem.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cientistas buscam no Egito antigo soluções para mudanças climáticas



País depende do delta do rio Nilo para alimentar população.
Pesquisadores acreditam que chave pode estar na geoarqueologia.


Enquanto especialistas mundiais se debatem sobre as formas de conter o aquecimento global, cientistas se reúnem no Egito em busca de respostas do passado faraônico que ajudem a enfrentar os problemas ambientais do presente.

Dono de uma incomparável riqueza arqueológica, o Egito é a nação mais populosa do mundo árabe e o número de habitantes no país deve mais que dobrar em 2050, com uma estimativa de 160 milhões de pessoas.
Há muito tempo, os efeitos das mudanças climáticas têm sido negligenciados no país norte-africano, que depende amplamente do fértil delta do rio Nilo para alimentar sua crescente população, em meio a preocupações sobre a erosão do solo.
Na conferência de três dias, inaugurada no último domingo (19), especialistas esperam compreender como os antigos egípcios, que foram capazes de erguer as pirâmides, lidavam com as mudanças do clima.
"É tempo de tentarmos aprender com o passado para tomarmos decisões melhores no futuro", disse Shawkat Yahia, cientista da Universidade Americana do Cairo.
Ele afirmou, em entrevista coletiva, que são necessárias respostas rápidas, ressaltando que as vidas de milhões de pessoas estarão em risco se desaparecerem as terras cultiváveis do país.
"Entendendo mais sobre como as sociedades se adaptaram ao seu ambiente, estaremos mais bem preparados para nos planejarmos e adaptarmos aos desafios atuais e futuros que confrontam o Delta do Nilo", afirmou.
Yahia está entre os cerca de 200 arqueólogos, historiadores, geólogos e paleontólogos de 25 países que esperam que a geoarqueologia - união entre arqueologia e geologia - encontrará a chave.
A conferência é a primeira do tipo a ser celebrada no Egito, onde a arqueologia sempre foi abordada rígida e clássica para entender o passado.
"A Egiptologia tradicional precisa se adaptar a novas abordagens, reconstituir o ambiente no qual as pessoas se desenvolveram", disse Yann Tristant, do Instituto Francês de Arqueologia Oriental (IFAO).
O IFAO uniu forças com o Centro Nacional de Pesquisas francês (CNRS) e o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito para um 'brainstorming' que ajudasse os especialistas a encontrarem soluções para o futuro.

A meta das discussões é resgatar evidências arqueológicas e geológicas que possam explicar como os antigos sobreviveram às mudanças climáticas e quais lições podem ser tiradas.
Pierre Zignani e Matthieu Ghilardi, especialistas do CNRS, acreditam que muito pode ser aprendido com os arquitetos responsáveis por templos milenares, capazes de resistir à ação do tempo.
"Fortes chuvas provocadas pelas mudanças climáticas no último milênio e grandes inundações do rio Nilo foram consideradas pelos arquitetos ao construir as estruturas religiosas", destacaram, em artigo conjunto.
Pesquisar o passado "pode trazer informações sobre nosso conhecimento fundamental atual e novas informações críticas para a nossa comunidade".
Em um artigo preparado para a conferência, Mahmoud Abdel Moneim, da Universidade Ain Shams do Egito, questionou se a cabeça da Grande Esfinge poderia vir abaixo por causa das mudanças climáticas "no século atual".
"A taxa de intemperização da Esfinge é estimada em 0,66 milímetro por ano", disse, em alusão à enigmática estátua, metade leão, metade homem, que se ergue no meio do deserto, como guardiã do complexo de pirâmides em Gizé. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Número de doentes de Alzheimer duplicará nos próximos 20 anos


Incidência deverá triplicar nos próximos 40 anos, para 115 milhões.
Fundos dedicados à enfermidade teriam de ser multiplicados por 15.


O número de doentes de Alzheimer e outras demências similares duplicará nos próximos 20 anos, passando de 35,6 milhões atualmente para 65,7 milhões em 2030, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (21) por ocasião do Dia Mundial do Alzheimer.


A associação Alzeimer's Disease International (ADI), que reúne 73 associações de diversas partes do mundo, afirma que este número deverá triplicar nos próximos 40 anos. Assim, os doentes somarão 115,4 milhões em 2050.
O custo da doença de Alzheimer e das outras demências representará em 2010 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, 604 bilhões de dólares, afirma o relatório.
Segundo os especialistas do King's College de Londres e do Karolinska Institutet da Suécia, que compilaram os dados mais recentes do estudo, os fundos dedicados ao Alzheimer terão que se multiplicar por 15 para atender aqueles que sofrem deste mal, um financiamento comparável ao dos que sofrem de doenças cardiovasculares, e por 30 para se igualar ao financiamento para aqueles que padecem de câncer.
A doença de Alzheimer e as outras similares afetam 0,5% da população mundial. O Alzheimer afeta a memória e é incurável. O risco de ter essa doença aumenta com a idade: duplica-se a cada cinco anos a partir de 65 anos e chega a 50% aos 85 anos.
Segundo a Alzheimer Disease International, os governos teriam que dar mais importância ao Alzheimer ao confeccionar suas políticas de saúde. No nível mundial, deveria ser uma das prioridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) e figurar na agenda dos encontros do 68 e do G20, considera a ADI.
"A doença de Alzheimer e as outras demências similares constituem a maior crise social e de saúde do século XXI", declarou a presidente da ADI, Daisy Acosta.
"Os governos do mundo estão muito mal preparados para os transtornos econômicos e sociais que essa doença deverá causar", completou.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Número de baleias encalhadas no litoral preocupa especialistas

Será que as baleias estão perdendo a direção? Tem alguma coisa estranha nos oceanos?




Olha que imagem bonita! São as baleias que estão aparecendo na costa brasileira em quantidade recorde!




O problema é que muitas delas acabam enchalhando na costa --só este ano, foram 67, o número mais alto de todos os tempos.



Será que as baleias estão perdendo a direção? Tem alguma coisa estranha nos oceanos?



Como é que é a operação pra resgatar um bicho desses, tão imenso?

 
Operação de guerra! A notícia de uma baleia franca encalhada viva em Itapirubá, litoral sul de Santa Catarina, mobilizou forças armadas, especialistas e voluntários.

“Duas retroescavadeiras, uma pá carregadeira, trator de esteira, cabo de aço. O comprimento dela é de mais ou menos 13,5 metros. Peso de 45 toneladas”, diz o biólogo da Universidade do Extremo Sul Catarinense, Rodrigo Freitas.
No primeiro dia. O animal lutava pela vida.
“Daqui uma hora mais ou menos a maré deve estar em seu máximo de altura. E a gente tem esperança que ela saia sozinha”, afirma a bióloga Karina Groch.




A maré subiu, mas não o suficiente. Pelo contrário, trouxe mais areia. E, cada vez que as ondas batiam, o buraco ficava mais fundo.

“A gente arrastar ela mar adentro, a gente teria que conseguir fazer ela flutuar pra conseguir puxar”, conta Karina.
Foram quatro dias de tentativas, frustradas.
“Está descartada a possibilidade de resgate”, diz a bióloga.
Para diminuir o sofrimento da baleia, veterinários prepararam uma dose de remédios para o sacrifício. Mesmo assim, ela não se entregou.

“Quando nós constatamos que ela ainda permanecia viva, pra gente também foi uma surpresa”, diz ela.
No sétimo dia de agonia, nova carga de remédios. Desta vez, a baleia morreu.


 “Quando as baleias encalham algo errado aconteceu”, conta o biólogo da USP, Marcos Cesar de Oliveira Santos.
Algo muito errado. As baleias mais comuns no Brasil são das espécies franca e jubarte. Elas vêm do Pólo Sul, em busca de águas mais quentes e calmas para acasalar, ter seus filhotes e amamentar.
Elas ficam em águas brasileiras de julho a outubro. Por isso, os encalhes assustam.
“Encalhes de baleia franca são bastante raros, principalmente porque ela é uma espécie costeira, que está acostumada a frequentar lugares rasos”, diz a bióloga Karina.

Este ano, foram quatro encalhes da espécie franca. O último, um filhote encontrado a poucos quilômetros da fêmea que agonizou durante uma semana, e vimos no início desta reportagem.
Os encalhes da espécie jubarte preocupam mais --porque o número é muito alto. Ainda nem acabou a temporada, e já são 62 casos no Brasil. No ano passado, foram apenas 30.
"É um número recorde e a gente ainda não tem uma causa provável para tanto encalhe”, conta o biólogo Lupércio Barbosa.
A Bahia lidera o ranking. 26 encalhes. No Espírito Santo, 21 e no Rio de Janeiro, três. Mas o que está acontecendo? Um fenômeno natural? Ou tem algo estranho no oceano?
“A gente sabe que a população dessas duas espécies, a franca e a jubarte, esta aumentando. É natural que uma população que aumente, você vai ter mais possibilidade de encontrar animais mortos”, diz Maurício Tavares, biólogo do Ceclimar, Centro de pesquisas marinhas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Durante milhões de anos, as baleias conseguiram se adaptar às lentas transformações da terra. Mas, hoje, é difícil, para elas acompanhar a velocidade com que o homem interfere na natureza.
“Elas estão sofrendo com algum impactos como em malhe de rede de pesca, colisões com grandes embarcações”, conta o biólogo do Instituto Baleia Jubarte, Clarêncio Baracho.

Na Argentina, uma entidade de proteção animal fotografou um enorme navio atropelando uma baleia em agosto deste ano.
“A gente tem aí o nosso litoral em franco desenvolvimento, a instalação de indústrias, de portos, é um motivo de preocupação”, explica a bióloga Karina.

Tanto as jubartes quanto as francas são extremamente dóceis. E costumam não temer a aproximação do homem.

Ficamos do lado de uma baleia franca, tivemos que ficar numa distancia aqui, com motor desligado, ela é que vai determinar que distância ela chega do barco.

Causas naturais são outra hipótese para o aumento de encalhes. As baleias ficam doentes e são levadas pela maré até a praia.
É o que pode ter acontecido em agosto, no Rio Grande do Sul.

“A gente notou que o animal estava bem externamente ela não tinha nenhuma lesão”, diz Mauricio Tavares.

Um batalhão de gente se empenhou para devolver o animal ao mar.
“Quando a maré subiu, o vento parou, a embarcação chegou, a gente tava com a amarração toda pronta, e a gente conseguiu fazer o desencalhe dela”, conta ele.
Só que no dia seguinte... “Encalhou de novo. Quando o pessoal se deu conta o animal tinha parado de respirar.”

“É muito difícil você salvar uma baleia que chega machucada na praia”, diz Clarêncio Baracho.

Um caso é exceção. Em outubro de 2000, o oceanógrafo Hugo Gallo se deparou com uma baleia jubarte encalhada no litoral de São Paulo.

“Havia um horário da maré que a gente sabia que era a nossa única chance de liberar o animal”, diz ele.
A equipe considerou a hipótese de resgate porque a baleia não estava ferida e respirava bem.
“O animal ficava obviamente imóvel, e quando ele se viu liberado pela maré, quando ele sentiu que podia boiar, aí ele nos ajudou bastante, se ajudou na verdade, porque ele percebendo a flutuabilidade voltar ele se virou no eixo, do próprio corpo duas vezes, e saiu nadando e a gente conseguiu com isto, realizar o resgate” conta Hugo.
As baleias mortas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul foram encaminhadas para análise e os ossos serão remontados em centros de estudos.

“O que a gente descobrir sobre essa baleia e as pesquisas que a gente vai realizar no futuro talvez vão ajudar a conservar aquelas que estão vivas na população”.
Estudando e monitorando os animais, inclusive de helicóptero, os pesquisadores lutam para que as baleias brasileiras saiam da lista dos animais ameaçados de extinção.


Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1619669-15605,00-NUMERO+DE+BALEIAS+ENCALHADAS+NO+LITORAL+PREOCUPA+ESPECIALISTAS.html

terça-feira, 14 de setembro de 2010

X Encontro de Professores da Bacia do João Leite


O evento aconteceu no dia 10 de setembro de 2010, na Unidade Agroecológica Santa Branca, contando com a participação de 700 educadores, oriundos dos sete municípios que compõe a Bacia do João Leite.
Com o tema Sete histórias e um Rio, os municípios de Goiânia, Anápolis, Terezópolis, Goianápolis, Nerópolis, Campo Limpo de Goiás e Ouro Verde.
O evento tem como objetivo discutir o papel dos educadores na valorização e estímulo da preservação da Bacia do João Leite.Pela manhã foram  realizadas várias palestras: Consórcio da APA, proposta de linha de crédito para empresas não poluidoras e adequação ambiental para produtores rurais do projeto de desenvolvimento e APA do João Leite; Mudança Climática e Educação Ambiental para sociedades sustentáveis: o papel da escola. E paralelamente ao X Encontro aconteceu, às 9h30, o encontro de autoridades com promotores, prefeitos, secretários municipais, gestores da administração pública e convidados, onde foram apresentados materiais paradidáticos comum aos sete municípios caracterizando um atlas multidisciplinar.

Ônibus da Secretaria Municipal de Educação de Anápolis, que transportou tanto os professores da rede municipal, quanto da rede estadual de educação.


Integração total dos educadores de Anápolis

Recepção com o farto café da manhã.

Ao meio dia foi a  apresentação do Projeto Ser Natureza, por Elaini Cristina Alves Pires Trevisan, promotora de Justiça da Comarca de Nerópolis e Maria José Ferreira Soares, psicóloga do Ministério Público.

Coordenadores Pedagógicos dos Anos Iniciais e Finais, participaram ativamente.

Esta turma nunca para, sempre estão em busca de novos desafios para melhorar a qualidade do ensino deste a educação infantil até o fundamental.


Após o almoço, os participantes poderam  optar por uma das 14 oficinas oferecidas pela organização do evento. Ao final do encontro, às 16h30 foramr apresentados os resultados da elaboração da agenda de atividades.
O secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Roberto Freire afirma que o Estado vem implantando políticas públicas voltadas para a área ambiental, visando a manutenção, a ampliação e a preservação efetiva dos mananciais hídricos. “Mas necessitamos preparar melhor nossos recursos humanos e, entre outros esforços, centrarmos na figura do professor, entendendo o potencial desse profissional como formador de opinião”. Roberto Freire alerta que o professor tem como contribuir para avanços na área ambiental.
Foi sugerido que para os próximos anos, este encontro seja incluido no calendário escolar, com data definitiva de 10 de setembro.

Anápolis, foi o marco do evento.
Com exposição de banners contendo todos os programas e ações das Secretarias Municipais de Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação.
Olhem que inovação ... o Expresso Digital


Este foi o primeiro projeto de inclusão digital de Anápolis
O ônibus é composto por 18 computadores, com software livre e Internet.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estudo vincula uso de redes sociais a desempenho acadêmico inferior

Universitários holandeses que usam o Facebook apresentaram notas mais baixas e dedicaram menos horas aos estudos.


Um estudo holandês vinculou o uso de redes sociais como o Facebook a um desempenho acadêmico inferior.
O efeito seria consequência da forma como sites de redes sociais são usados: o usuário fica permanentemente conectado ou faz várias visitas diárias ao site enquanto realiza, simultaneamente, outras atividades.


A pesquisa, feita por Paul Kirschner, da Open University, na Holanda, foi publicada na revista científica Computers in Human Behaviour.
Ela questiona teorias atuais de que o cérebro do jovem moderno, moldado pela era digital, estaria adaptado a processar simultaneamente canais múltiplos de informação.
Kirschner sugere que, em comparação com estudantes que realizam uma tarefa de cada vez, os adeptos do multitasking (fazer várias atividades ao mesmo tempo) precisam de mais tempo para o Ele explica que o estudo é preliminar e precisa ser aprofundado.
O pesquisador entrevistou 219 estudantes de uma universidade pública holandesa.
A análise dos dados revelou que usuários do Facebook apresentaram, em uma escala de um a quatro, uma nota média de 3,06. Os que não usavam a rede social tiveram desempenho 20% melhor, alcançando em média 3,82 pontos. 
O estudo também concluiu que usuários do Facebook estudaram menos horas: entre uma e cinco horas por semana, em comparação com não usuários, que disseram estudar entre 11 e 15 horas por semana.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Baía do Pantanal enfrenta a maior seca da história

Hoje a régua que mede o nível da água não serve para nada. O pior cenário que já se tinha registrado foi em 1972, quando ela marcava 33 cm. Hoje não se tem como medir mais.


Com fome, bicho nenhum tem vergonha de mostrar a cara. A seca na Baía de Chacororé, no Pantanal matogrossense, é tão severa que nas margens dá para ver tudo quanto é tipo de espécie.

Onde tem água, costuma ter comida. Mas hoje, sob o sol escaldante, é preciso procurar muito. Os pássaros se alimentam de moluscos e caramujos que vivem em conchas debaixo d´água. Agora o que se vê é só casca e terra rachada.

Ao sul de Cuiabá a terceira maior Baía do Pantanal enfrenta a pior seca da história.
Do alto a gente consegue ver ilhas na Baía de Chacororé. Isto dá uma noção deste desastre ambiental. Normalmente nesta época do ano a baía tem ainda dez mil hectares alagados. Hoje quase metade disso já secou. Numa área equivalente a de cinco mil campos de futebol, os peixes foram embora e deram lugar ao gado. Ficou também o que morreu no fundo da baía.

A área de vegetação chamada Ilha do Caco, como o próprio nome já diz, é um lugar que fica cercado de água inclusive no período de estiagem. Agora o que era uma ilha já se juntou à terra firme


A ilha é um pequeno círculo verde, hoje rodeado por uma imensa área de solo rachado.
“O que está acontecendo não é em função da ação do homem na alteração do ambiente”, garante o professor Rubem Moura.

A água da Baía de Chacororé vazou para outra baía, a de Siá Mariana. Mesmo nesta época do ano,normalmente o lugar ainda está coberto por água. A barragem que fica entre as Baías de Chacororé e Siá Mariana foi colocada aqui justamente para impedir que a água de Chacororé vaze muito rapidamente para Siá Mariana. O problema é que recentemente as pontas dessa barragem foram destruídas e agora está funcionando como um grande ralo sugando ainda mais a água de Chacororé

“Parte destas barragens foram destruídas para facilitar o acesso dos barcos”, diz Alexander Maia, secretário de Meio Ambiente do Mato Grosso.
Com menos água, os peixes se concentram em poucos pontos da baía.


“Fica fácil para ser retirado”, diz Marco Antônio de Souza, morador da região.

Foi em rede que alguns jacarés ficaram presos.

“É um indicio de uma pesca com instrumentos que são proibidos, porque instrumentos que não são proibidos não pegam jacaré”, comenta a professora Carolina Joana.

A secretaria de meio ambiente tem apenas 80 fiscais para todo o estado de Mato Grosso. E na época da seca nenhum deles vigia a pesca predatória. Todos trabalham no combate às queimadas.

O Ministério Público exigiu uma resposta imediata.

“Se tivesse feito a fiscalização normal com certeza, os danos seriam menores”, acredita Julieta do Nascimento Souza, promotora do Ministério Público Estadual do Mato Grosso
A promessa do secretário é reconstruir a barragem em uma semana.

O rompimento da barragem para facilitar a pesca predatória é um problema recente. Mas outra interferência humana, mais antiga, também prejudica a baía.

Nas imagens de satélite dá para ver: o formato da Baía de Chacororé lembra o de um coração. No local, as artérias são pequenos canais chamados corixos. São eles que mantêm viva a baía com água que vem do Rio Cuiabá. Só que há mais dez anos, este coração está ameaçado. A construção de uma estrada obstruiu os canais.

“Interromper um recurso hídrico desses com certeza é um crime ambiental muito grande”, critica o professor Rubem Mauro.

Foi a própria prefeitura de Barão de Melgaço que pagou o combustível para as máquinas que bloquearam os canais de água.

“O prefeito então viu o lado social. Porque esta comunidade fica durante seis meses. Ela fica ilhada. Ela está levantando um pouco mais a altura da estrada, simplesmente para ela ter um pouco mais de tempo para poder tirar o gado”, acusa Dion Cássio Jacob, secretário de Turismo e Meio Ambiente de Barão de Melgaço.
“É uma decisão se a gente vai querer que a Baía de Chacororé acabe e vire pasto... ou se a gente quer que a Baía de Chacororé continue como baía”, alerta Carolina Joana da Silva, da UEMT.

Para salvar a baía é preciso mais: como dos dez corixos apenas um continua aberto, ele recebe toda a pressão do Rio Cuiabá. A água aqui desce com força arrastando sedimento das margens e muito lixo: sapatos, capacetes, milhares de garrafas pet e até um computador. O único que o pescador Valdomiro Padilha viu na vida. “Eu sonho ter um, mas não do lixo”, diz

Mesmo que as medidas necessárias fossem tomadas imediatamente, a previsão das autoridades é que vai demorar no mínimo cinco anos para o Pantanal voltar a ser o que era.

“Eu sinto uma imensa tristeza. Água que não é de beber, tem que deixar correr”, diz a professora Carolina Joana.