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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Educação Ambiental e Inclusão Social

Embarcando na trilha ambiental pacientes do Sanatório Esperita de Anápolis, mostraram que podem desenvolver práticas ambientais.
Nesta semana 50 pacientes acompanhados por uma equipe composta por médica, assistente social, enfermeiros e outros cuidadores, estiveram no Parque Ambiental da matinha.
Portadores tanto de transtornos mentais quanto físicos, eles desembarcaram no Parque cheios de euforia.
O difícil desembarque, pois o transporte não ofereceu acessibilidade para os cadeirantes.
A reciprocidade entre os pacientes e funcionários denota o trabalho feito por amor...

Sim feito por amor, pois os pacientes são pessoas abandonadas pelas famílias e têm na instituição, não apenas medicação, mas carinho e laços que os familiares cortaram.
Como crianças, as meninas se prepararam para o passeio pintando unhas e cabelos e ...






com muitos acessórios.












Elas levaram dias para se produzirem















Crianças sim, vejam eles no trenzinho...












No minhocão ....
















Diversão garantida.











Alguns preferiram ficar apenas observando com seus olhares longínquos...













vazio ou até mesmo perdidos num passado que não conseguiram apagar.









Lanche, hora mais que esperada, tendo em vista eles possuem uma rotina diária, alguns reclamavam que o horário da merenda estava atrasado.

Olhando para cada ser humano deste, percebi o quanto a raça humana é desumana. Eles foi excluídos do convívio familiar sem o menor tipo de sentimento humano.
Com a exclusão os familiares também ceifaram a vida de cada um, condenando-os a permanecerem no anonimato e sem identidade pessoal. O único laço de humanidade que os uni é o convívio com os colegas, onde por incrível que pareça, um é capaz de cuidar do outro.
Este fato eu mesma pode presenciar, quando dois (meninos) foram ao banheiro e um passou mal. Com muita dificuldade de comunicação, ele conseguiu relatar o fato e a equipe logo entrou em ação.
Fiquei profundamente comovida ao observar em cada rosto, em cada olhar e sentir que tudo que eles pediam era um pouquinho de carinho e atenção. Vi também imagens de pais, mães, avós e avôs e não puderam virem suas famílias crescerem.
De fato esta aula foi diferente, pois ao invés de eu os ensiná-los, acebei invertendo os papéis e deixando que eles me ensinassem. E saibam que aprendi muito.
A simplicidade do modo de viver que cada um deles têm me fez romper alguns vestígios de complexidade e vaidade que nos moldamos a medida que avançamos em nossa caminhada pela vida. Damos tanto valor a matéria e nos prendemos a cargos, posição social e deixamos de ver a verdadeira essência do ser humano, a beleza e valor das pequenas coisas, enfim deixamos de sermos nós mesmos para ser aquilo que os outros querem ou esperam que sejamos.
Nesta trilha de hoje pode ver além da paisagem ambiental, vi como vida tem que ser vivida e o quanto é importante para nossa existência ter momentos tão especiais como este, para podermos valorizarmos mais aquilo que temos.
Valeu turminha!

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