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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Exploração de petróleo no pré-sal traz dilemas na era da crise climática

Petrobrás quer ‘devolver’ CO2, mas para isso precisa aprender a separá-lo.
Atividade também demanda novo impulso científico no Brasil.



Reservas de óleo e gás na Bacia de Santos (litoral paulista) ficam em profundidades que variam entre 4 e 7 quilômetros abaixo da superfície da água (Ilustração: Divulgação/Petrobrás)


G1 volta a publicar, com exclusividade, íntegra de reportagem da 3ª edição da revista “Unesp Ciência”, lançada nesta sexta-feira (6).


Nas décadas de 1970 e 1980, era comum ouvir que o petróleo do mundo iria se esgotar por volta do ano 2000. O Pró-Álcool, por exemplo, que hoje coloca o país em posição de destaque na corrida mundial por biocombustíveis, foi fortemente motivado por essa premissa, hoje aparentemente equivocada. Quase dez anos depois do que seria o triste fim dos combustíveis fósseis, o “ouro negro” tem aparecido em toda parte. A descoberta de imensas reservas de óleo e gás na Bacia de Santos (litoral paulista), em profundidades que variam entre 4 e 7 quilômetros abaixo da superfície da água, o chamado pré-sal, é um exemplo disso.

E o Brasil não está sozinho. Para provável desencanto dos que acompanham as discussões sobre aquecimento global e mudanças climáticas, pelo menos 200 novos campos foram descobertos só neste ano em diversos países, vários deles de grande porte e em águas profundas.
Quem apostava no esgotamento das reservas de petróleo não contava com os avanços tecnológicos que viriam nas décadas seguintes. Naquela época, só mesmo quem tinha intimidade com o passado remoto da Terra poderia suspeitar de grandes quantidades de hidrocarbonetos (petróleo e gás) presas em rochas muito abaixo do leito marinho, à espera de meios adequados para sua detecção e extração. Eram os geólogos e geofísicos das companhias petrolíferas, que, por razões óbvias, trabalhavam sob estrito sigilo. Agora, suas previsões estão se confirmando. 
Modernas tecnologias levaram à descoberta de imensas reservas de petróleo no Brasil e no resto do mundo; extrair óleo e gás de grandes profundidades é uma difícil missão para geólogos e engenheiros e um dilema para um planeta em mudança climática
 Esse petróleo profundo não estaria vindo à tona se não fossem os aperfeiçoamentos numa tecnologia de prospecção que tem permitido “enxergar” mais nitidamente as partes menos acessíveis da litosfera: a sísmica de reflexão. “Seu princípio é semelhante ao do ultrassom usado na medicina”, compara João Carlos Dourado, professor de geofísica do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp em Rio Claro.

É semelhante também ao sonar de morcegos, baleias e golfinhos. Ondas mecânicas, com frequências entre 10 e 200 hertz, são emitidas na superfície do mar e atravessam, além da lâmina d’água, as diversas camadas de rocha abaixo dela. Parte dessas ondas é então refletida, como um eco, e captada por sensores. Depois, softwares processam esses dados, convertendo-os em imagens, explica Dourado. O método, contudo, não é isento de impacto ambiental.

“Os avanços na sísmica de reflexão foram premissas básicas para o sucesso exploratório do pré-sal”, diz Marcos Francisco Bueno de Moraes, geofísico da Petrobras. No caso brasileiro, o grande desafio era conseguir visualizar através da camada de sal – situada mais de 1 km abaixo do leito marinho e com até 2 km de espessura – sob a qual se escondiam as jazidas.
Ainda que todo o CO2 do pré-sal seja reinjetado no fundo da Terra, o destino do óleo e do gás que vêm dele é serem queimados, gerando CO2 que será liberado por escapamentos e chaminés na atmosfera
 Egresso do curso de geologia da Unesp em Rio Claro, Moraes especializou-se em geofísica e foi o responsável pela interpretação dos dados sísmicos que levaram à descoberta de Tupi, até agora a principal vedete entre os nove blocos exploratórios na Bacia de Santos e o primeiro a entrar em fase experimental de produção. Estima-se que, apenas nele, o volume recuperável de óleo e gás, isto é, a quantidade que se julga viável extrair, varie entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris, o que eleva as reservas da Petrobras em pelo menos 50%.

Embora sua existência só tenha sido divulgada em junho de 2006, o potencial de Tupi já era conhecido pela companhia desde os anos 1990. Só faltavam os meios para confirmá-lo, explica o geofísico. Foi por isso que, segundo Moraes, com o fim do monopólio em 1997, a Petrobras teve o cuidado de adquirir, via licitações da Agência Nacional do Petróleo, a maior parte dos direitos de exploração do bloco (65%).

Conspiração do petróleo
De forma geral, as bacias sedimentares da costa sudeste brasileira, como as de Santos, de Campos e do Espírito Santo, há tempos são vistas pelos profissionais do petróleo como áreas de grande potencial para exploração ultraprofunda. “Há milhões de anos, essas bacias eram grandes lagos, onde houve uma explosão de vida microscópica”, explica Dimas Dias-Brito, professor de geologia da Unesp em Rio Claro. Os geólogos farejam petróleo onde, em tempos remotos, houve acúmulo de matéria orgânica, principalmente se ela ficou longe do oxigênio e de bactérias que degradam hidrocarbonetos, como é o caso das bacias.


Para entender como se formou o petróleo do pré-sal é preciso retroceder ao período Cretáceo, há mais ou menos 130 milhões de anos, quando os dinossauros perambulavam pela Terra e o planeta não era exatamente como o conhecemos hoje. O Atlântico Sul ainda não existia, porque a América do Sul e a África formavam um só bloco, com a Antártida, a Austrália e a Índia. Os geólogos chamam esse megacontinente ancestral de Gondwana.

A paisagem começou a mudar quando as placas tectônicas sob Gondwana entraram em movimento, abrindo uma fissura entre o que hoje são as costas brasileira e africana. Inicialmente, essa fenda foi drenando os cursos d’água das redondezas, e, com a ajuda das chuvas, formaram-se enormes lagos. Fitoplânctons encontraram ali condições ideais para viver e se reproduziram de forma extraordinária ao longo de alguns milhões de anos, período suficiente para uma enorme acumulação de matéria orgânica morta, misturada a argila, no fundo dos lagos.

Conforme as placas tectônicas continuaram se afastando, a fenda cresceu em largura e os lagos foram ficando cada vez maiores e mais fundos. A abertura já era tanta que, a partir de um certo ponto, águas oceânicas começaram a invadir a região. E com o mar, veio o sal. Como quase tudo em geologia, o processo durou muitíssimo tempo: por volta de 20 milhões de anos.

Em algum momento desse período, provavelmente já na presença de água marinha, cianobactérias habitaram o local em grande quantidade. Como resultado de seu metabolismo, elas excretavam carbonatos de cálcio e magnésio, que acabaram se precipitando para formar o que hoje se conhece como rochas carbonáticas microbianas. Depois, mais uma colossal quantidade de sal se depositou sobre esse material. Com a formação completa do Atlântico Sul, tudo foi parar a vários quilômetros de profundidade, numa configuração perfeita – e imprescindível – para a formação de campos de petróleo.


Em qualquer lugar do mundo, a formação de petróleo resulta de uma “conspiração”, como costumam dizer os geólogos. Ou seja, ela depende de uma sequência ordenada de eventos geológicos que dá origem a três camadas rochosas bem definidas. Por baixo, é preciso ter uma “rocha geradora”, onde ficou aprisionada grande quantidade de matéria orgânica. É nela que se formam os hidrocarbonetos. Logo acima, há que se ter uma “rocha reservatório”, que, no caso da nova reserva brasileira, são os carbonatos microbianos altamente porosos para onde o óleo e o gás migram em busca de áreas de menor pressão.
Finalmente, por cima das duas, é necessário algo que impeça o escape dos hidrocarbonetos, uma “rocha selante”, função que, no caso brasileiro, é cumprida pelo sal.


sábado, 26 de dezembro de 2009

Projeto Frutas do Cerrado


As sementes são conseguidas através da coleta de frutos das árvores que existem nas áreas próximas á região do plantio, pois assim consegue-se mudas que já estão aclimatadas á região.
Dos frutos retira-se as sementes, as quais sofrem um processo de seleção para encontrar as mais aptas á germinação.


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Após o processo de seleção das sementes, elas são acondicionadas em tubetes ou sacos plásticos, preenchidos com um substrato natural e apropriado para favorecer a germinação.
Estas embalagens, já com a semente, é transferida a um local onde pode ser controlado a insolação, sombreamento e umidade. Estes parâmetros são acompanhados diariamente.

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A formação da muda pode levar de 6 a 12 meses, dependendo da espécie de planta, até termos uma muda com características apropriadas ao plantio em campo.
As características são:
Altura, peso, diâmetro do talo, galhos e quantidade de folhas.

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Com a proximidade do período chuvoso, novembro a março, no campo são preparadas as covas para plantio.
As covas tem medidas aproximadas de 40 x 40 x 40 centímetros e deverão sofrer calcariação para a correção da acidez do solo e adubação orgânica quando necessário.
Uma vez a muda transplantada á cova, faz-se o acompanhamento do desenvolvimento da planta.
Neste acompanhamento, a coleta de dados como índice pluviométrico, insolação, veranicos, tipo de adubação utilizada, medição da planta, crescimento, fornecem dados que compõe a pesquisa de campo e nortem futuros plantios.

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O atual VIVEIRO DE MUDAS é resultado de mais de 5 anos de pesquisa de nossa agrônoma responsável pelo projeto, Eng. Ivonete, que desenvolveu vários métodos de semeadura e germinação, até chegar ao método atual. Durante este período sempre contou com assistência e consultoria dos orgãos governamentais que atuam na área.
O trabalho desenvolvido no VIVEIRO é fundamental para a regeneração do cerrado, pois trata-se de desenvolver mudas de árvores nativas da região, não “domesticadas” e que não tem mudas em escala comercial para serem adquiridas e plantadas.
Portanto, a função do VIVEIRO é desenvolver estas mudas.

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Fonte: http://www.cerradosustentavel.com.br/2vrs/fotos.php



Cerrado com sustentabilidade


VÍDEOS
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Reportagem Especial
parte 1

O Cerrado e o projeto Frutas do Cerrado em reporta

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parte 2

O Cerrado e o projeto Frutas do Cerrado em reporta

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Reportagem Especial
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O Cerrado e o projeto Frutas do Cerrado em reporta

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Reportagem Especial
parte 4

O Cerrado e o projeto Frutas do Cerrado em reporta

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Entrevista
parte 1

Edson Versori e Luis Dutra falam sobre o Cerrado S

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Entrevista
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Edson Versori e Luis Dutra falam sobre o Cerrado S

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Edson Versori e Luis Dutra falam sobre o Cerrado S

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Edson Versori e Luis Dutra falam sobre o Cerrado S

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Vídeo Institucional


Acesse e assista aos vídeos através do site: http://www.cerradosustentavel.com.br/2vrs/videos.php

Parceria pretende viabilizar florestas no mercado de créditos de carbono Iniciativa inclui a Universidade de Columbia, dos EUA, e o Funbio, do Brasil. AFCP quer criar padrão de controle de emissões de carbono evitadas.



Floresta no interior do Amazonas. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)


Iniciativa inclui a Universidade de Columbia, dos EUA, e o Funbio, do Brasil.
AFCP quer criar padrão de controle de emissões de carbono evitadas.

Cinco fundações de países amazônicos e uma universidade americana se uniram para formar uma inciativa que promova a inclusão da conservação de florestas no mercado formal de créditos de carbono. O tema foi um dos pontos principais de discussão na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15) em Copenhague, no início deste mês.

Segundo informações da Universidade de Columbia, de Nova York, uma das participantes do projeto, a instituição vai se aliar ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), à Fundação de Proteção e Uso Sustentável do Meio Ambiente, da Bolívia, ao Fundo para Ação Ambiental e a Infância, da Colômbia, ao Fundo Ambiental Nacional, do Equador, e ao Fundo de Promoção para as Áreas Naturais Protegidas, do Peru, para trazer o mecanismo de REDD (redução de emissões por desmatamento e degradação) ao mercado de créditos de carbono, o que permitiria que países ricos paguem pela conservação de florestas e abatam esse investimento do saldo de suas emissões de carbono para a atmosfera.

Na COP 15, o Brasil, que antes se opunha à inclusão do REDD no mercado de carbono regulado pelo Protocolo de Kyoto, passou a aceitar que os países desenvolvidos possam compensar 3% das suas metas de redução por esse tipo de mecanismo de conservação. No entanto, no fim da conferência, a questão não foi acertada de forma concreta pelos países participantes.

Uma das críticas que se faz ao uso das florestas para compensar emissões de carbono é a falta controle sobre a migração do desmatamento de um lugar ao outro. Ou seja, quando se protege uma área ameaçada pelo desmatamento, nada garante que os exploradores que estavam ali não foram a outra área de floresta, causando a mesma quantidade de emissões de carbono que provocariam se nada tivesse sido feito.
Uma das medidas a serem tomadas pela nova AFCP - Amazon Forest Carbon Partnership (algo como "parceria para o carbono da floresta amazônica") é o desenvolvimento de um padrão de monitoramento de florestas para certificar que um determinado desmatamento evitado possa ser contabilizado como crédito de carbono.
 A iniciativa deve ter um plano de ação estabelecido até meados de 2010 , que deve ser completado no ano seguinte. Suas atividades foram viabilizadas, segundo a Universidade de Columbia, por uma doação de US$ 3 milhões de uma multinacional do setor de alimentos.
Estima-se que o desmatamento seja responsável por quase 20% do total das emissões globais dos gases causadores do efeito estufa. O volume das emissões deste tipo seria comparável às emissões de todos os países da União Europeia, superando, por exemplo, o total emitido globalmente pelo setor de transporte (incluindo carros, caminhões, aviões, navios e trens em todo o mundo).


Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1426561-16052,00-PARCERIA+PRETENDE+VIABILIZAR+FLORESTAS+NO+MERCADO+DE+CREDITOS+DE+CARBONO.html