Floresta no interior do Amazonas. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)
Iniciativa inclui a Universidade de Columbia, dos EUA, e o Funbio, do Brasil.
AFCP quer criar padrão de controle de emissões de carbono evitadas.
AFCP quer criar padrão de controle de emissões de carbono evitadas.
Cinco fundações de países amazônicos e uma universidade americana se uniram para formar uma inciativa que promova a inclusão da conservação de florestas no mercado formal de créditos de carbono. O tema foi um dos pontos principais de discussão na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15) em Copenhague, no início deste mês.
Segundo informações da Universidade de Columbia, de Nova York, uma das participantes do projeto, a instituição vai se aliar ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), à Fundação de Proteção e Uso Sustentável do Meio Ambiente, da Bolívia, ao Fundo para Ação Ambiental e a Infância, da Colômbia, ao Fundo Ambiental Nacional, do Equador, e ao Fundo de Promoção para as Áreas Naturais Protegidas, do Peru, para trazer o mecanismo de REDD (redução de emissões por desmatamento e degradação) ao mercado de créditos de carbono, o que permitiria que países ricos paguem pela conservação de florestas e abatam esse investimento do saldo de suas emissões de carbono para a atmosfera.
Na COP 15, o Brasil, que antes se opunha à inclusão do REDD no mercado de carbono regulado pelo Protocolo de Kyoto, passou a aceitar que os países desenvolvidos possam compensar 3% das suas metas de redução por esse tipo de mecanismo de conservação. No entanto, no fim da conferência, a questão não foi acertada de forma concreta pelos países participantes.
Uma das críticas que se faz ao uso das florestas para compensar emissões de carbono é a falta controle sobre a migração do desmatamento de um lugar ao outro. Ou seja, quando se protege uma área ameaçada pelo desmatamento, nada garante que os exploradores que estavam ali não foram a outra área de floresta, causando a mesma quantidade de emissões de carbono que provocariam se nada tivesse sido feito.
Uma das medidas a serem tomadas pela nova AFCP - Amazon Forest Carbon Partnership (algo como "parceria para o carbono da floresta amazônica") é o desenvolvimento de um padrão de monitoramento de florestas para certificar que um determinado desmatamento evitado possa ser contabilizado como crédito de carbono.
Uma das críticas que se faz ao uso das florestas para compensar emissões de carbono é a falta controle sobre a migração do desmatamento de um lugar ao outro. Ou seja, quando se protege uma área ameaçada pelo desmatamento, nada garante que os exploradores que estavam ali não foram a outra área de floresta, causando a mesma quantidade de emissões de carbono que provocariam se nada tivesse sido feito.
Uma das medidas a serem tomadas pela nova AFCP - Amazon Forest Carbon Partnership (algo como "parceria para o carbono da floresta amazônica") é o desenvolvimento de um padrão de monitoramento de florestas para certificar que um determinado desmatamento evitado possa ser contabilizado como crédito de carbono.
A iniciativa deve ter um plano de ação estabelecido até meados de 2010 , que deve ser completado no ano seguinte. Suas atividades foram viabilizadas, segundo a Universidade de Columbia, por uma doação de US$ 3 milhões de uma multinacional do setor de alimentos.
Estima-se que o desmatamento seja responsável por quase 20% do total das emissões globais dos gases causadores do efeito estufa. O volume das emissões deste tipo seria comparável às emissões de todos os países da União Europeia, superando, por exemplo, o total emitido globalmente pelo setor de transporte (incluindo carros, caminhões, aviões, navios e trens em todo o mundo).
Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1426561-16052,00-PARCERIA+PRETENDE+VIABILIZAR+FLORESTAS+NO+MERCADO+DE+CREDITOS+DE+CARBONO.html
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