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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Gestão da água é estratégica para o futuro

O 3º Relatório Global das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, elaborado com a participação da Unesco e divulgado este ano, conclui que a demanda global por água tem aumentado significativamente em função do crescimento e da mobilidade populacional, da elevação do padrão de vida de parte da população e de uma maior produção de alimentos e de energia, incluindo os biocombustíveis. Deve ser considerado ainda o impacto das mudanças climáticas como elemento adicional de perturbação do ciclo hidrológico.

Essas processos têm repercussões na qualidade e na disponibilidade de água, podendo resultar ainda em eventos extremos, tais como secas e enchentes, que muitas vezes são agravados em cenários de estresses hídricos ocasionados pela ação do homem e de conflitos pelo uso já presentes. Também são fatores que merecem atenção o comprometimento dos mananciais por efluentes e a interação da água com o lixo urbano, o que se deve, em países como o Brasil, ao saneamento insuficiente e à ausência de manejo abrangente de resíduos sólidos.
As questões relacionadas à água são também importantes para o desenvolvimento e o bem-estar. Assegurar o acesso a esse bem público de valor econômico e a disponibilidade para todos os usos, conforme previsto na Lei das Águas (Lei 9.433/97), converte-se em um desafio amplificado, cujo trato necessariamente se estende aos sistemas estaduais de gestão de recursos hídricos.
A boa governança no setor recursos hídricos é essencial. Mas deve haver integração com outros setores nos quais também são tomadas decisões que afetam a oferta e a qualidade da água para os usos prioritários, entre eles agricultura e energia – exigindo melhor gestão pública, parcerias e maior prestação de contas à sociedade. Nesse sentido, o Relatório ressalta que alguns países já iniciaram a integração da gestão de recursos hídricos com seus respectivos planos e políticas de desenvolvimento diante de um cenário de escassez.
Entretanto, no caso do Brasil, ainda restam lacunas na operação dos instrumentos da gestão ambiental e das águas, além de inexistirem iguais recursos e mesmo capacidades técnicas para executá-los plenamente em todas as unidades federativas. Existem órgãos gestores de recursos hídricos mais e menos estruturados, e há estados em que eles inexistem. O Nordeste brasileiro tem áreas com distintos perfis hídricos e impedimentos importantes ao desenvolvimento – e à gestão de águas em particular. A escassez de recursos financeiros é um dos aspectos, ao passo que a qualificação técnica e quadros funcionais suficientes viabilizam as capacidades técnico-institucionais dos órgãos gestores para o cumprimento satisfatório de seus mandatos.
A Unesco é a agência especializada do Sistema Nações Unidas responsável pela capacitação para a gestão dos recursos hídricos, tendo como meta promover a gestão integrada e a revitalização das bacias hidrográficas em situação vulnerável. A estratégia consiste em melhorar as políticas de gestão, criar capacidades técnicas para a boa governança pública em águas e a educação ambiental em todos os níveis, catalisando vias de adaptação nas bacias hidrográficas e nos aqüíferos. Em particular, o planejamento estratégico da Organização visa a aprofundar, nos estados e municípios, os processos de capacitação em gestão de recursos hídricos, construindo competências para o gerenciamento público e privado das bacias hidrográficas, considerando as necessidades de desenvolvimento sustentável do Brasil.
Dessa forma, o planejamento e as ações da Organização são compatíveis com os desafios e as lacunas existentes para a gestão de águas nos estados do Nordeste, havendo convergência de finalidades e pontos de contato no plano das ações. A construção de capacidades técnicas e institucionais para a gestão – que vai além do treinamento e da formação – são o cerne das parcerias possíveis, pois consideramos que investimentos no setor e a execução plena dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos são primordiais para o crescimento econômico e o desenvolvimento social no Brasil.

*Silneiton Favero é coordenador do Escritório da Unesco em Salvador.
Fonte: Envolverde/O autor
http://http://www.rts.org.br

Mudanças climáticas e transferência de tecnologia

A Convenção de Mudanças do Clima define que as tecnologias para viabilizar as ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento devem ser ambientalmente adequadas e promover um desenvolvimento verdadeiramente sustentável. A questão é como.

As mudanças climáticas são o maior desafio ambiental e de desenvolvimento do século XXI. Uma série de eventos climáticos muito intensos ocorridos nesta última década já indicava que o clima do planeta está passando por uma transformação significativa.
Em 2006, o Relatório Stern trouxe para o debate sobre mudanças climáticas fortes argumentos econômicos: o PIB mundial poderia sofrer perdas de até 20% nas próximas décadas caso não haja ações incisivas para a mitigação das mudanças climáticas.
No ano seguinte, o 4º Relatório de Avaliação do IPCC confirmou que as mudanças climáticas são causadas por ações humanas e que as suas conseqüências para o planeta podem ser mais drásticas do que se imaginava.
A 15ª. Conferência das Partes (COP 15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, que será realizada este ano em Copenhagen, Dinamarca, já é considerada uma das mais importantes reuniões entre governos de todo o mundo.
Olhares atentos de todas as nações seguirão os passos dos negociadores reunidos na COP 15, ansiosos por um consenso em torno de um acordo global ambicioso para o período pós-2012. Espera-se que esse acordo faça com que a Convenção atinja seu objetivo maior que é “a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em níveis que permitam evitar interferências perigosas sobre o sistema climático global”.
As conseqüências dessas interferências perigosas seriam o aumento da intensidade e frequência de eventos climáticos extremos, como tempestades severas, enchentes, secas, ondas de calor e incêndios florestais, o que hoje já provoca impactos sociais, ambientais e econômicos significativos.
Os cientistas que investigam as mudanças climáticas consideram que para evitar tais consequências é necessário que o aumento de temperatura da Terra em relação aos níveis pré-revolução industrial se mantenha abaixo dos 2 oC.
E este limite tornou-se compromisso político das nações mais ricas do planeta. A declaração dos chefes de Estado dos países-membros do Fórum das Maiores Economias sobre Energia e Clima ao final de sua reunião em Áquila, Itália, afirmava que o aumento de temperatura da Terra não deve ultrapassar estes 2 oC.
Essa convergência entre a opinião dos cientistas e o compromisso político é fundamental para transformar a urgência em ação. No entanto, estamos mais próximos desse limite do que se imaginava.
Medidas realizadas pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) no Observatório Mauna Loa, no Havaí, indicam que a concentração atual de CO2 na atmosfera chegou a 387 partes por milhão (ppm) em julho de 2009. Isso é 38% superior aos índices estimados para o período anterior à revolução industrial (280 ppm).
E segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima, a temperatura da Terra já aumentou em média 0,76 oC em relação àquele período. As informações mostram que a crise climática é grave e que o desafio de contorná-la é imenso.
Um colapso do sistema climático de nosso planeta só poderá ser evitado caso as emissões globais de gases de efeito estufa diminuam drasticamente na próxima década, voltando aos índices de 1990 até o ano de 2020.
A grande responsabilidade assim como o dever de pagar a maior parte desta conta é dos países desenvolvidos. No acordo de Copenhagen, espera-se que os principais responsáveis pelo problema se comprometam a reduzir drasticamente suas emissões de gases de efeito estufa.
O WWF-Brasil e a Rede WWF, junto com outras organizações não governamentais, defendem que esse compromisso deva resultar em cortes de emissões em 40% até 2020 em relação a 1990 (ao ano-base da adotado pela Convenção de Clima) para aqueles países.
No entanto, as reduções de emissões por parte dos países desenvolvidos não serão suficientes para evitar a crise do clima da Terra. É fundamental, também, que os países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, viabilizem seu crescimento econômico, a geração de riquezas e a redução da pobreza seguindo um caminho diferente daquele trilhado pelos países desenvolvidos.
É preciso que seu desenvolvimento seja mais eficiente e muito menos dependente de carbono do que o que o que ocorreu com os países desenvolvidos. Isso pode contribuir para um desvio significativo da curva de crescimento de emissões de gases de efeito estufa, o que é crítico para o esforço global contra as mudanças climáticas.
No entanto, os países em desenvolvimento, principalmente os menos desenvolvidos, têm uma capacidade de ação muito inferior à dos desenvolvidos. As nações em desenvolvimento precisam de apoio para lidar com as mudanças climáticas de forma eficiente e evitar grandes impactos.
O secretariado da Convenção de Mudanças do Clima estima em US$ 200 bilhões de dólares o volume de recursos necessários para apoiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.
Além de metas de redução de emissões mais profundas, é preciso, portanto, que as nações mais ricas se comprometam também com ajuda financeira e com transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento.
A Convenção de Mudanças do Clima define que as tecnologias para viabilizar as ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento devem ser ambientalmente adequadas e promover um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
Transferência de tecnologia para as nações em desenvolvimento foi um tema que recebeu atenção desde a primeira Conferência das Partes da Convenção de Mudanças do Clima, realizada em 1995.
Naquele mesmo ano instituiu-se a chamada Iniciativa de Tecnologia do Clima (CTI), que envolvia 23 países-membros da Agência de Energia Internacional (IEA) e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O objetivo da iniciativa era promover o desenvolvimento e a difusão de tecnologias climática e ambientalmente adequadas.
A CTI apoiou uma série de acordos bilaterais e multilaterais e ações para a cooperação tecnológica, envolvendo mais de 50 países, na identificação de necessidades tecnológicas sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas, avaliação de tecnologias existentes, desenvolvimento de estudos de viabilidade e análises de mercado, desenvolvimento de projetos-piloto, avaliação de impactos ambientais e disseminação de resultados e experiências bem-sucedidas.
A CTI ajudou, por exemplo, a promover disseminação de fornos solares na África do Sul, sistemas fotovoltaicos no Quênia, produção de biocombustíveis em Gana, uso de fluidos alternativos e de menor impacto para a camada de ozônio em refrigeradores na Índia, implementação de projeto de energia eólica em Honduras e também apoio ao Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios no Brasil (PRODEEM).
O PRODEEM, criado em 1994, tinha por objetivo gerar energia para localidades isoladas não atendidas pela rede convencional de energia, utilizando fontes renováveis locais.
A partir de 2003, foi incorporado ao Programa Luz para Todos. O PRODEEM resultou principalmente na instalação de sistemas fotovoltaicos em comunidades isoladas. Apesar de alguns resultados significativos, os impactos das experiências citadas foram relativamente limitados.
Os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) não têm explicitamente por obrigação que contribuir para a transferência de tecnologia.
No entanto, cerca de 36% dos projetos existentes resultam em transferência de tecnologia para os países em desenvolvimento, especialmente em casos em que a tecnologia proposta não está disponível no país receptor do projeto.
África do Sul, Bolívia, Equador, Guatemala, Honduras, Indonésia, Malásia, México, Paquistão, Quênia, Sri Lanka, Tailândia e Vietnam são países cujos projetos de MDL incluem transferência de tecnologia, principalmente de países como o Japão, a Alemanha, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido.
Já nos casos de Brasil, China, e Índia, os países com maior número de projetos de MDL em execução, a taxa de transferência de tecnologia é muito menor dado a existência de tecnologias locais disponíveis no caso da maioria de seus projetos.
A necessidade de aprofundar os esforços para transferência de tecnologia foi reconhecida quando, em 2001, o secretariado da Convenção de Mudanças do Clima nas Nações Unidas adotou uma série de ações e estabeleceu um Grupo Especializado em Transferência de Tecnologia (EGTT).
O grupo organizou uma série de eventos, oficinas e seminários para discutir a identificação de necessidades tecnológicas em países em desenvolvimento, informação tecnológica, capacitação, mecanismos de financiamento e tecnologia para adaptação às mudanças climáticas.
Na mesa de negociação da Convenção de Mudanças do Clima, o apoio financeiro e a transferência de tecnologia de países desenvolvidos para os países em desenvolvimento são temas de grande importância.
Em Copenhagen, espera-se que os compromissos assumidos pelos países desenvolvidos quanto à transferência de recursos e tecnologia para os países em desenvolvimento sejam tão ambiciosos quanto devem ser suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.
O caminho para um crescimento dos países em desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono irá depender destes compromissos adicionais por parte das nações desenvolvidas.
O presente texto em negociação na Convenção, que deve resultar no acordo em Copenhagen, trata do tema tecnologia em diferentes aspectos como identificação de necessidades nos países em desenvolvimento, cooperação para o desenvolvimento de tecnologias entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, capacitação, difusão, disseminação, implementação, transferência de tecnologia e propriedade intelectual.
Países desenvolvidos e em desenvolvimento têm apresentado posições convergentes quanto a alguns destes aspectos em discussão, como cooperação e capacitação.
Mas também divergem em relação a outros, como os relacionados à propriedade intelectual. Algumas propostas em discussão sugerem que, em determinadas circunstâncias, poderia haver flexibilização de direitos de propriedade intelectual, principalmente para permitir o acesso dos países menos desenvolvidos às inovações tecnológicas.
Propostas neste sentido sugerem que as regras para flexibilização devem ser reconhecidas por outros fóruns, como ocorreu na Declaração de Doha sobre o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS) e a Saúde Pública, o que permitiu a países como o Brasil “quebrar” a patente para a produção de medicamentos para o combate à AIDS.
Países em desenvolvimento podem ser, além de receptores de inovações tecnológicas, difusores de tecnologia, transferindo conhecimento e experiência em diferentes áreas do conhecimento para outros países em desenvolvimento.
O Brasil tem imenso potencial para disseminar seu conhecimento em setores como energia e florestas. Já há parcerias com países da África para a instalação de antenas receptoras de dados de satélites, capacitação de profissionais e disseminação da tecnologia e conhecimento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais no monitoramento do desmatamento.
Além disso, nosso país já estabeleceu acordos de cooperação para a disseminação de conhecimento e experiência na produção de biocombustíveis para alguns países africanos. As negociações internacionais podem trazer estímulos, incentivos à cooperação sul-sul, o que poderia fortalecer a cooperação entre Brasil e outros países em desenvolvimento.
No caso do monitoramento de florestas, por exemplo, alguns países pobres não têm meios para a instalação de equipamentos, como antenas receptoras em seu território. O acordo de Copenhagen pode viabilizar ações como essas.
A negociação sobre o tema tecnologia será intensa até a COP 15. Se for assinado o esperado e necessário acordo global, ainda haverá um longo caminho a ser percorrido para que se regulamente o que for decidido em Copenhagen, para que as regras sobre transferência de tecnologia para mitigação e adaptação às mudanças climáticas sejam definidas.
Mas, considerando-se a capacidade de ação e necessidade de apoio, principalmente por parte dos países menos desenvolvidos, esse é um tema de máxima importância.
De acordo com o relatório Anatomia de uma Crise Silenciosa, publicado pelo Fórum Humanitário Global, presidido pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Anan, hoje mais de 300 mil pessoas morrem a cada ano e mais de 300 milhões são severamente afetadas por eventos climáticos extremos, como secas, tempestades e enchentes.
A maioria das vítimas encontra-se em países menos desenvolvidos. Somente com acesso a recursos e tecnologia será possível permitir a essas nações enfrentar o problema das mudanças climáticas de forma eficaz, evitando-se perdas humanas, ambientais e econômicas ainda maiores dos que aquelas já ocorrem hoje.
*Carlos Rittl é doutor em Ecologia, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Fonte: Rede de Tecnologia Social
http://www.rts.org.br/artigos/artigos_-_2009/mudancas-climaticas-e-transferencia-de-tecnologia

sábado, 28 de novembro de 2009



Mais vídeos realcionados: http://www.youtube.com/watch?v=S33v945AnMs

Oferta de créditos de carbono é menor que demanda, apontam consultores

A redução de emissão de gases causadores de efeito estufa virou oportunidade de negócio após o estabelecimento de um mercado de créditos de carbono.

O Brasil, por ser um país em desenvolvimento, não assumiu metas de redução de emissões de gases do efeito estufa pelo Protocolo de Kyoto. Por isso, suas reduções podem ser convertidas em créditos para serem vendidos.


Fumaça sai de chaminé de usina termoelétrica na China: troca de combustíveis para geração de energia está entre principais formas de geração de créditos de carbono. (Foto: AFP)

“Os maiores potenciais mundiais [para geração de créditos] são China, Índia, Brasil e México”, aponta Julio Tocalino, diretor-executivo do Brazilian Carbon Bureau, que auxilia empresas brasileiras a medirem o quanto emitem e a encontrarem formas de redução de emissões.

Segundo Tocalino, o Brasil ainda tem muito espaço para novos projetos. “Se você disser que tem projeto para 1 bilhão de libras, consigo os investidores para isso”, diz. “É um mercado muito novo. Faltam especialistas na área que gerem mais credibilidade.”
“A demanda é muito maior que a oferta”, concorda Flavio Santos, sócio-diretor da BioFinance, outra consultoria que atua neste mercado que, segundo ele, já movimenta mais de US$ 1 bilhão ao ano no mundo.
Mas como funciona o comércio de créditos de carbono?
Empresas e governos de países desenvolvidos que se comprometeram a reduzir suas emissões, em vez de tomar medidas para efetivamente diminuí-las, podem comprar créditos de países em desenvolvimento para compensar o que tem emitido.
Assim, uma fábrica no Brasil, por exemplo, pode mudar sua forma de produção para emitir menos carbono e vender a diferença a um emissor interessado. O processo tem que ser auditado para garantir que a redução ocorreu.
Como padrão, considera-se que um crédito equivale a uma tonelada de gás carbônico (CO2). “Hoje está em cerca de 17 euros a tonelada. Mas já chegou a 24 euros”, diz Tocalino. “Há táxis em Londres que compensam suas emissões com créditos do Brasil”, exemplifica.
O mercado surgiu a partir do Protocolo de Kyoto, quando o Japão e os países da Europa Ocidental se comprometeram a diminuir a quantidade de gases de efeito estufa que emitem. “As empresas desses países podem comprar até 10% do que deveriam reduzir em créditos de carbono”, explica Santos.
Créditos de carbono


Tipo de mercado Como funciona

Protocolo de Kyoto Uma empresa certifica junto à ONU, via Ministério de Ciência e Tecnologia, um projeto de redução de emissões (por exemplo uma usina de álcool que, para gerar energia, troca combustível derivado de petróleo por bagaço de cana). Essa redução gera créditos que podem ser vendidos a empresas e governos que têm uma meta de redução. Ao adquirir o crédito, é como se o comprador tivesse ele mesmo feito uma ação para reduzir suas próprias emissões.

Voluntário Uma empresa ou governo negocia diretamente uma contribuição financeira para um projeto de redução de emissão de carbono. Exemplo: uma empresa doa dinheiro a um projeto de REDD (conservação de floresta para evitar emissões). Neste caso, o pagador não recebe créditos de carbono. A vantagem é que pode usar seu investimento como marketing verde.
Fonte: www.globo.com/G1

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mudanças climáticas assustam a economia brasileira

Mudanças climáticas podem causar perdas de R$ 3,6 trilhões ao país Prejuízo equivale a perda de um ano de crescimento do PIB. Estudo é inédito no Brasil e aponta o cenário para 2050.

Os prejuízos causados ao Brasil pelas mudanças climáticas podem chegar a R$ 3,6 trilhões nos próximos quarenta anos. Isso seria o equivalente a jogar fora um ano inteiro de Produto Interno Bruto (PIB), caso a tendência de aquecimento global não se reverta nesse período. As regiões mais vulneráveis seriam a Amazônia e o Nordeste, acentuando ainda mais as desigualdades regionais no país.


Queimada em Humaitá (AM), em agosto de 2009, às margens da rodovia Porto-Velho Manaus. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

O alerta é do relatório Economia das Mudanças do Clima no Brasil (EMCB) realizado por uma equipe multidisciplinar composta por cientistas das principais instituições de pesquisa do país (USP, INPE, UFRJ, UFMG, IPEA, CNPq, BNDES, entre outras).

O documento é inédito e traça os possíveis cenários de impactos econômicos baseados no relatório do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês). Às vesperas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, os resultados chamam a atenção. 
O ponto de partida foram modelos computacionais que forneceram projeções sobre o comportamento futuro do clima no território nacional, como temperatura, precipitação e fluxo hidrológico. “O valor em si (R$3,6 trilhões) é chocante e mostra que o problema não é nada desprezível”, afirma o coordenador do estudo, Sérgio Margules, doutor em Economia do Meio Ambiente pela Universidade de Londres e economista ambiental do Banco Mundial.
Dos efeitos econômicos da savanização da floresta amazônica ao impacto da redução de oferta hídrica no sistema de geração de energia elétrica, o estudo aponta para um cenário em que as perdas causadas pelas alterações no clima irão puxar novos gastos do governo federal para tentar controlar a situação.


“Outro aspecto importante é a injustiça social que isso pode causar. O Sul e o Sudeste são menos atingidos enquanto o Norte, Nordeste e o Centro-Oeste são mais fortemente atingidos e sabemos que as populações mais pobres são as mais afetadas dentro desse quadro”, explica Margules.

Savanização
Na Amazônia, de acordo com o relatório do IPCC, o aquecimento pode chegar a 8°C em 2100. Estima-se que as mudanças climáticas resultariam em redução de 40% da cobertura florestal – a chamada savanização. Margules aponta uma das soluções que o relatório traz, investimentos no comércio de crédito de carbono.

“Seria relativamente barato reverter o desmatamento se de alguma forma fosse compensada com o pagamento pelo carbono”, diz. “Se a comunidade global estiver disposta a pagar US$ 3 a tonelada de carbono, os produtores prefeririam receber essa quantia a expandir a pecuária na região”, explica o economista.

No entanto, ele ressalta que o estudo não aponta formas de implementar a política de compra de crédito de carbono. “O estudo não diz como isso seria feito, apenas fizemos a conta e mostramos que isso seria mais barato”, diz.


Queimada na floresta amazônica no Pará (Foto: AFP PHOTO/Jefferson Ruddy/MMA )

No Nordeste, as chuvas seguiriam uma tendência de diminuir entre 2 mm/dia e 2,5 mm/dia até 2100. Os resultados seriam perdas agrícolas em todos os estados da região. O déficit hídrico reduziria em 25% a capacidade de criação de gado de corte, levando a um retrocesso à pecuária de baixo rendimento.
O declínio de precipitação afetaria a vazão de rios em bacias da região, importantes para geração de energia, como a do Parnaíba e a do Atlântico Leste, com redução de vazões de até 90% entre 2070 e 2100. De acordo com o relatório, isso causaria a “perda de confiabilidade do sistema de geração de energia.”


“Caso se confirme esse quadro, o Nordeste realmente vai ter uma redução significativa da disponibilidade hídrica e a geração de energia que vem daquela região vai ficar comprometida”, afirma Margules.

Elevação dos mares

O estudo aponta também para os prejuízos causados pelas alterações climáticas nas zonas costeiras e na agricultura. A estimativa dos valores materiais em risco ao longo da costabrasileira é de R$ 136 bilhões a R$ 207,5 bilhões. O investimento em estudos e obras necessárias para prever e conter a elevação dos níveis do mar somariam R$ 3,72 bilhões até 2050.

Na agricultura, com exceção da cana-de-açúcar, todas as culturas sofreriam redução das áreas de produção, em especial a soja (até 34%), milho (15%) e café (18%).
 
A produtividade cairia também nas culturas de subsistência no Nordeste
 
“As estimativas são assustadores, principalmente se considerarmos que 2050 ainda não é um horizonte de mudanças climáticas tão grave quanto 2100”, diz a também coordenadora do estudo, Carolina Burle Schmidt Dubeux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Neste cenário, os dois pesquisadores consideram positiva a atitude do governo brasileiro de levar para Copenhague um compromisso de reduzir em até 38,5% as emissões de gáses causadores do efeito estufa. "É uma medida positiva que mostra o comprometimento do Brasil", diz Carolina.
Além de calcular os prejuízos, o estudo mostra também os caminhos para diminuir o impacto das mudanças climáticas no Brasil.
 De investimentos em pesquisas de modificações genéticas para a agricultura, fontes de energia renováveis aos biocombustíveis, a boa notícia é que apostar no desenvolvimento limpo é mais barato para o país. “O aquecimento global não é uma questão ambiental é de desenvolvimento”, diz Margules.

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Fonte: www.globo.com/G1

Sorteio de Brindes


Dia 25 de novembro, foi realizado o primeiro sorteio de brindes, do Projeto de Recolhimento de Óleo de Frituras, na Escola Municipal raymundo Paulo Hargreaves.

A Granol-Anápolis, disponibilizou kits com latas de óleo e avental. a Diretoria de Meio Ambiente, as sacolas estilo porta treco.

Os alunos foram colocados no pátio para acompanharem o sorteio. Cada um escolhia qual brinde queria ganhar.


Armínio Filho da Granol, representantes da ONG ECO DO FUTURO, A Gestora Elisa e Luciane Puglise Marreto da Diretoria de Ciência e Tecnologia.

Armínio conduziu os sorteios, motivando os alunos a recolherem mais óleo, para atingirem a meta dos 300 litros e concorrerem a bicicleta.


Alunos do turno vespertino que participavam do Projeto "Mais Educação", pararam suas atividades da Horta, para assistirem o sorteio.
                    A euforia da criançada foi geral







A expectativa cresce a cada cupom pego na urna








O primeiro passo foi dado, agora é só aguardamos o florescimento das sementes que semeamos.

Esperamos conseguir atingir nosso objetivo de Preservação do Meio Ambiente, e contando com o apoio da Granol, o sucesso da ação será garantido.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ecossistemas do Ártico são gravemente afetados pelo aquecimento, diz estudo

Populações de certas espécies estão se alterando na região.
Desequilíbrio de ciclo nutricional afeta sobrevivência.


Aquecimento no Ártico foi duas a três vezes maior que a média global. (Foto: Universidade Estadual da Pensilvânia/Science)



A temperatura média da superfície terrestre subiu 0,4°C nos últimos 150 anos. Mas no Ártico o aquecimento foi duas a três vezes maior. Nas últimas duas a três décadas, a extensão mínima da calota de gelo sobre o mar ártico recuou 45 mil quilômetros quadrados por ano. Evidentemente, isso não pode ocorrer sem consequências. Pesquisadores liderados por Eric Post, do departamento de biologia da Universidade Estadual da Pensilvânia, publicaram na “Science” um balanço dos impactos do efeito estufa sobre ecossistemas do Polo Norte.

Reprodução/Reprodução

Eric Post

As espécies mais afetadas são aquelas que dependem do gelo para obter provisões, reproduzir-se e para escapar de predadores. Estão nessa situação incômoda a foca-de-crista ou foca-de-capuz (Cystophora cristata), a foca anelada (Pusa hispida), a morsa do Pacífico (Odobenus rosmarus divergens), o narval ou unicórnio-do-mar (Monodon monoceros) e o urso polar.

Mas há muitos outros sinais de desarranjo. Por exemplo: a população de raposas-do-Ártico (Alopex lagopus) está declinando em certas áreas, enquanto cresce a de raposas-vermelhas (Vulpes vulpes). Em algumas regiões da Groenlândia, o princípio da temporada de crescimento de vegetação foi antecipado, enquanto o período de procriação das renas (Rangifer tarandus) continua como sempre foi. O auge de oferta de alimento acontece agora antes do pico de demanda das fêmeas prenhes. Quando elas mais precisam, a comida já está escasseando. O resultado disso é um desequilíbrio de ciclo nutricional que está reduzindo o número das crias e abreviando seu tempo de vida.


Efeito estufa altera ciclo nutricional e está prejudicando a reprodução de renas. (Foto: Universidade Estadual da Pensilvânia/Science)

Essas alterações aceleradas que estão sacudindo o Ártico, todas vinculadas ao clima, podem ser um indício de mudanças prestes a ocorrer em latitudes mais baixas, avisa a equipe de Post.

Icebergs são avistados próximos de ilha australiana


Um iceberg foi fotografado a partir da praia de Sandy Bay, na costa leste da Ilha Macquarie, 1,5 mil quilômetros a sudeste da Tasmânia, na Austrália.
 A imagem, divulgada nesta terça-feira (24), é de 16 de novembro (segunda-feira da semana passada), informa a agência Associated Press. Foi registrada pela Divisão Antártica Australiana.


É muito raro observar icebergs a partir das Ilhas Macquarie.

Desde a semana passada, cresce o interesse em acompanhar a marcha dos icebergs que se desprenderam da Antártida e rumam na direção da Austrália e da Nova Zelândia. Na sexta-feira (20), por exemplo, cientistas informaram que quatro icebergs se aproximavam da Nova Zelândia e, naquele momento, se encontravam a cerca de 400 quilômetros de distância do sul do país.


Os iceberg procedem provavelmente da Plataforma de Gelo de Ross, que se rompeu entre 2000 e 2002, segundo Mike Williams, cientista do Instituto de Pesquisa Atmosférica e Água.



Os icebergs estariam se deslocando rumo ao norte a uma velocidade de 1,25 km/h. Singrando águas mais quentes, tinham começado a se deteriorar. Na segunda-feira (23), chegou-se a falar em alerta naval, pelo risco de choque de embarcações com essa frota inusitada de superfragmentos de gelo. Segundo a agência EFE, fenômeno similar ocorreu em 2006, quando um grupo de enormes blocos flutuantes chegou a 25 quilômetros do litoral sul da Nova Zelândia.
* Com informações da Associated Press e da Agencia EFE

Fonte:  www.g1.globo.com/

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sustentabilidade



Aquecimento Global, extinção de espécies, queda de produção agrícola, elevação do nível do mar, secas, maremotos, poluição, excesso de lixo, referem-se ao erro da nossa relação com a natureza. Uma vez que o homem acha que pode dominá-la, dentro de um modelo desenvolvimentista do capitalismo.
Esse é um caminho que a evolução técnica da nossa civilização está seguindo, diante desse fato é necessário que a sociedade reconstrua caminhos, de modo a respeitar a natureza, vivenciá-la e evoluir junto a ela.
É necessária uma mudança cultural. Hoje temos a idéia de que os recursos nunca vão acabar, temos que abandonar essa ilusão e estar ciente de que os recursos podem faltar ainda na nossa geração.
Sustentabilidade, todos sabem sobre o assunto, mas será que todos estão fazendo algo pela natureza?
Está na hora de sair do vocabulário e agir.
Temos que respeitar o meio ambiente e sobretudo economizar recursos.
Reciclar , Reaproveitar, Reutilizar, são práticas simples que podemos fazer no nosso dia- dia, onde resulta na economia de materiais e redução de desperdícios.
Sustentabilidade se faz no dia-a-dia, se faz nas grandes, mas principalmente nas pequenas ações.
Veja aqui algumas dicas:
- Evite o uso de automóvel, procure andar a pé, ou de bicicleta, assim você evitará a emissão de gases de efeito estufa, além de melhorar seu condicionamento físico.
- Evite deixar aparelhos telefônicos sem uso ligados à tomada.
- Diminua sempre que puder o consumo de água.
- Plante uma árvore.
- Reutilize sempre que necessário, recicle papel, latas e garrafas.
- Faça uma coleta seletiva em sua própria casa. Quase 70% do lixo pode ser reutilizado. Alimentos podem virar adubo, atraves dos métodos de compostagem.
- Diminua a quantidade de lixo produzido por você.

Projetos que uma empresa pode programar integrando ações de gestão ambiental.
- Coleta seletiva do lixo, separar o lixo seco do lixo molhado, necessitando assim de cursos para servidores e que a informação seja fornecida a todos os participantes, incluindo a educação de todos.
- O lixo molhado, ou seja, todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras de comida, cascas de ovo, entre outros, pode ser transformado em adubo para as plantas. E já o lixo seco pode ser levado para uma associação de catadores de lixo, onde será separado.
- Substituir copos descartáveis, que geram grande quantidade de lixo, por canecas de louça para o consumo de água ou café.
- Aproveitar o máximo a luz natural do dia, desligando parte das lâmpadas.
- Ao invés dos aparelhos de ar condicionado, manter abertas as janelas e portas permitindo a entrada de ar externo.

Implantar recursos e sistemas tecnológicos que poupam energia e preservam o meio ambiente, tais como:
· A instalação de luminárias de maior eficiência e menor consumo de energia.
· A modernização do sistema de ar-condicionado e a limpeza dos filtros também permitem mais segurança e o controle da temperatura ambiente.
· Para preservar mananciais e fontes e garantir água potável de boa qualidade, o Serviço de Manutenção estuda a substituição dos bebedouros de galões por filtros instalados na parede, ligados diretamente a rede de água.


Fonte: Jornal Senado Verde



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A hora e a vez

A ONG EPA BARRUS, mostrou a sua capacidade de ação, fazendo um excelente trabalho de conscientização, na Escola Municipal João Luiz de Oliveira.

A palestra foi proferida pela Geógrafa Luciane Puglise Marreto, que enfocou a importância de não depositar o óleo de fritura usado no Meio Ambiente.


Os alunos assistiram atentamente as explicações das ações nocisas do óleo de fritura, incluindo a obstrução da rede de esgoto, quando o mesmo é depositado no ralo da pia.


A turma participou ativamente, indagando quando havia dúvidas.


A ONG EPA BARRUS, é direcionada à estudos e pesquisas, mas desta vez, a sua prática está voltada, para a conscientização.


O Filósofo Fábio Sousa, também, membro da ONG EPA BARRUS, reforça a ação, com descontração e sabedoria.


Após a palestra, os alunos que trouxeram óleo, receberam os cupons e depositaram na urna. Este cupons serão sorteados na próxima semana.


A lição foi bem ensinada, pois os alunos estão com força total no recolhimento de óleo de fritura usado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Reunião Granol e ONGs

A equipe coordenadora do Projeto de Recolhimento de Óleo de Fritura Usado, se reuniu hoje pela manhã, para traçar metas de motivação junto às ONGs, nas Escolas Municipais participantes do Projeto.


Armínio Filho da Granol, ouviu os membros das ONGs, e sugeriu que na próxima semana, sejam feitos os sorteios dos brindes nas cinco Unidades Escolares, independente da quantidade de óleo recolhido, como forma de motivar o maior número de recolhimento.


Luciane Puglise Marreto da ONG EPA BARRUS, apresentou a sugestão de se trabalhar o Gibizinho em grupo com os alunos. Fato este que agradou os presentes, pois visa a redução de exemplares e consequentemente a produção de lixo. A sugestão ficou registrada para o próximo ano.




A ONG ECO DO FUTURO, apresentou a ção de uma passeata com cartazes de conscientização do recolhimento do óleo de fritura, sugestão esta que também ficou registrada para o próximo ano.


Encerrando este momento, Armínio agradece o empenho de todos e ressalta a importância de se trabalhar na questão da quantidade de óleo recolhido, pois teremos em dezembro/09, uma Audiência Pública, onde estaremos apresentando as ações realizadas neste trimestre e ações para o ano de 2010.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aquecimento no Brasil

Uma verdade conveniente

O Urso Polar e o Aquecimento Global

Saiba mais sobre o Carbono Neutro

Carbono Neutro


Neutralize sua emissão.


O tema ambiental colocou na mídia um novo jargão que faz o mais sofisticado intelectual sentir-se deslocado e incapaz de acompanhar a conversa da atualidadae. Na verdade, não faz muito tempo que o assunto ganhou as telas dos cinemas com o famoso longa do Al-Gore.

A nova terminologia vai se construindo no rastro da pesquisa científica e das descobertas tecno-ecológicas (aí já vai uma!). Carbono zero e carbono neutro são termos ainda desconhecidos do público em geral. Carbono zero quer dizer ausência de emissões de dióxido de carbono para produzir energia. Uma casa “carbono zero” não utiliza eletricidade, gás, querosone ou qualquer combustível fóssil para funcionar. Também não poderia ter uma lareira alimentada com lenha, pois a queima da madeira libera o gás carbônico, conhecido como CO2.


Se uma casa é considerada “carbono neutro” significa que ela pode usar algum tipo de combustível fóssil, mas possui um sistema de compensação para as emissões de carbono. Algumas cidades na Alemanha, por exemplo, ainda usam o gás para cozinhar, mas já possuem um sistema de energia eólica que compensa as emissões nocivas ao meio-ambiente.
Algumas situações podem trazer confusão. Uma casa pode ainda se dizer carbono neutro, mesmo se usar a lenha para o churrasco. Isto é possível porque a quantidade de CO2 que está sendo liberada com a queima já foi compensada com o período de crescimento da árvore. O total de CO2 na atmosfera depois da queima da madeira é o mesmo de antes da árvore ser plantada. A árvore cortada terá que ser então replantada. Caso contrário, o processo não poderá ser considerado “carbono neutro”.
Neutralização de Carbono é uma atitude voluntária que consiste na retirada de uma certa quantidade de Carbono da atmosfera, emitida pela queima de combustíveis fósseis, através de investimentos em projetos ambientais.
Pode-se neutralizar a fabricação de um determinado produto, a prestação de todo tipo de serviços, processos de vendas, funcionamento de instalações industriais, escritórios ou núcleos operacionais.
Há possibilidade de se neutralizar viagens ou a locomoção de executivos e funcionários, canais de distribuição, atividades de comunicação, promoção e eventos, próprios ou patrocinados. Cabe à empresa interessada a decisão de neutralizar o que considera mais adequado aos objetivos mercadológicos almejados e à disponibilidade de recursos que pretende investir.


Uma vez detectadas e quantificadas todas as emissões, a neutralização é feita por meio da compensação em projetos ambientais, que poderão estar no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Esses projetos poderão abranger:

Recuperação Florestal

Árvores nativas plantadas em áreas antes devastadas, formando novas matas perenes. O número de árvores e a área a ser plantada dependerão da quantidade de emissões a ser neutralizada. No bioma da Mata Atlântica, em média, a cada cinco árvores plantadas é possível neutralizar a emissão de uma tonelada de carbono. Cada hectare comporta, em média, até duas mil árvores, ou seja, possibilidade de neutralizar até 400 toneladas de carbono. A relação árvores/tCO2e varia em função das características de cada bioma – Cerrado, Floresta Tropical, Semi-árido. As áreas recuperadas serão regularmente auditadas.

Conservação e desmatamento evitado



Esta opção envolve a manutenção de florestas existentes nos principais biomas nacionais, a saber: Mata Atlântica, Floresta Amazônica e Cerrado, com estoques de carbono variando de 150 a 290 t CO2 por hectare conservado e protegido. A adoção de florestas, sua conservação e perenização ficou fora do "Protocolo de Kyoto" para efeitos do chamado MDL - mecanismo de desenvolvimento limpo. Mas sua inclusão pós 2.012 é considerada como praticamente certa, pela importância estratégica na manutenção dos estoques de Carbono existentes.



Faça parte dessa ação.
Ela é minha, é sua, é nossa meta para promover um mundo melhor.


Faça os cálculos de emissão de CO², através do link abaixo: