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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

In lócus, uma aula diferente

Trinta alunos da Escola Municipal Maria aparecida Gebrim, foram juntamente com o seu Gestor Fernando José Souza  e com a Professora Claudia Gonçalves, tiveram uma aula de campo, sobre o destino final da coleta seletiva.
Na saída a Profª Eucárice Cabó, trabalhou a diferença entre lixão e aterro sanitário.
A Gerência de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, foi representada pela Prof Neila, coordenadora dos anos iniciais.
Professora Claudia Gonçalves, também inserida no projeto.
A chegada na Cooperativa, foi só euforismo. Os cooperados estavam trabalhando na esteira, separando materiais.
Tudo era novidade. O que se sabia da coleta seletiva era só a separação em coletores das matérias.
A prensa compacta os pets, para serem embalados em fardos.
Os fardos são vendidos para indústria de reciclagem.
Luciane Puglisi Marreto Gerente de Inovação e Difusão Tecnológica da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, participou levando aos cooperados o Projeto de Batismo Digital, onde na semana de 22 a 26 de novembro, o Expresso Digital, estará iniciando a primeira etapa de Inclusão Digital.
A Secretária Municipal de Educação Virgínia Maria Pereira de Melo, compareceu, ao local, para ouvir a solicitação dos cooperando, de participarem do Projeto Brasil Alfabetizado que foi lançado esta semana na Secretaria Municipal de Educação.
Professora Virgínia, presenciou o trabalho dos cooperados e o interesse dos alunos em conhecer cada ação feita dentro daquele galpão.
Os alunos ouviam atentamente, as explicações dadas pelos trabalhadores e até salientaram a vontade de também processarem na esteira.
Agora é a vez do tour pelo Aterro Sanitário de Anápolis.
Neste local o lixo já foi depositado em células, coberto com terra e gramado por cima.
A construção de uma célula, se dá pela retirada da terra, como se formasse uma grande vala. A terra retirada é levado para outro local, onde o depositório de lixo já atingiu o seu volume.
No Aterro há uma constante atividade de caminhões e máquinas, transportando terra para abrir e fechar células.
A primeira parada, foi na célula que recebe o lixo hospitalar.
O local após ser cavado é coberto por uma lona de plástico bem resiste, onde um tratos nivela as embalagens depositadas pelos veículos coletores.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, disponibilizou a Bióloga Juliana e a Gerente de Limpeza Urbana Cibele, para direcionarem o percurso e explicarem sobre todo aquele processo.
É interessante, que somente a água da chuva fica retida na lona, o chorume é bem pequeno.
Esta célula já está pronta para receber as camadas de terra. Vale ressaltar, que é grande a quantidade de sacos plásticos contidos nesses montes.

O odor é muito forte, pois o acúmulo de lixo e a decomposição com o escoamento do chorume, produzem uma atmosfera nada agradável.
Estes materiais, são refugados do processo seletivo do lixo.
 Área já tampada de uma célula e pronta para ser gramada. Aqui não há mal cheiro, pois o chorume foi escoado e através de manilhas que vão do centro da célula, até a superfície, o gás metano é exalado.
Uma paisagem que se mistura ao cenário do tratamento do lixo urbano.
Na guarita do Aterro Sanitário há uma balança, para se calcular o volume de lixo recolhido diariamente na cidade. Atualmente este volume está contido em 700 mil, por dia.
Na realidade, o que quero enfocar neste trabalho, é a necessidade de se trabalhar a consciência de reduzir o consumo, de parar de ser manipulado pelas propagandas que incentivam consumir sempre mais e produtos de pouca necessidade.
O lixo que produzimos é o reflexo da produção desenfreada das indústrias e a necessidade de se estabelecer um padrão econômica, que contradiz, com a realidade social do nosso povo. A reciclagem é um processo muito caro. Podemos fazer vários produtos a partir do reciclado, porém no município, é pequeno número de indústrias que utilizam esta matéria prima.
Para uma cooperativa sobreviver, é preciso muito além de separar e prensar reciclados. É preciso que haja indústrias para comprarem todo o material por eles preparados.
Eu pergunto até quando essas cooperativas vão suportar o volume de lixo produzidos na cidade, e que área deverá ter o Aterro daqui a alguns anos.
Ainda existem pessoas que se mostram alheias a esse problema, ficam a parti e ignoram as respostas dadas pela natureza, pelo seu descaso, pela sua ignorância em se manter fiel a um sistema que sempre nos leva a consumir sempre mais.
O alerta, não sei quanto tempo temos, para repensar o nosso modo de viver, é sabido por todos, que o Planeta Terra está saturado pelo processo de industrialização. Tente refletir um pouco mais sobre a questão e quem sabe então consigamos reverter esta situação.
A natureza agradece.

Fotos e texto: Professora Eucárice Cabó

Um comentário:

  1. Parabéns Profª. Eucárice, pela sua dedicação, seriedade e paixão que emprega em todas as suas ações.
    Muito sucesso.

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