Destroços do tsunami que devastou o Japão em março poderiam chegar ao Havaí ainda nesta estação, segundo previsões de cientistas da Agência Nacional de Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA), na sigla em Inglês.
Com correntes marítimas, os escombros alcançaram a costa este americana e o Canadá até 2013, e voltariam para as ilhas havaianas de 2014 a 2016.
Apesar da previsão, feita pela análise de dados e modelos computacionais que se baseiam na localização dos destroços quando eles entraram na água, nas correntes oceânicas e na velocidade dos ventos. os pesquisadores alertam que há uma grande incerteza sobre o que ainda está flutuando no oceano (já que muito entulho afundou, se quebrou ou dispersou), onde está esse material exatamente, para onde vai e quando passará do mar aberto em direção do litoral.
O governo japonês estima que o tsunami tenha gerado 25 milhões de toneladas de escombros, mas não há uma estimativa precisa sobre a quantidade de detritos arrastados para a água nem o que permanece à tona.
Como a onda do tsunami recuou, arrastou consigo pedações de barcos, prédios, casas, eletrodomésticos, plásticos e objetos de todas as formas e tamanhos. Esse lixo se amontoou no oceano e já é visto por imagens de satélites e fotos de costeiras aéreas.
Hoje, nove meses depois dessa catástrofe natural, os campos de destroços não são mais visíveis por satélite. Isso porque os ventos e as correntes oceânicas espalharam os objetos pelo norte do Oceano Pacífico. Embarcações que viajam regularmente pela região têm relatado poucos avistamentos. E apenas duas peças foram vistas claramente ligadas ao tsunami japonês recentemente.
A NOAA, pede que navios que avistarem escombros avisarem a agência pelo e-mail: disasterderis@noaa.gov.com e solicitem monitoramento da costa local.
Para saber mais sobre os restos do tsunami, os pesquisadores da NOAA, têm trabalhado em conjunto com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem e outros parceiros para coordenar a coleta de dados, antever os potenciais cenários e preparar um plano de ação, seja o futuro favorável ou não.
O grande desafio, além de identificar corretamente os destroços, é saber como lidar com eles quando eventualmente chegarem às praias do país.
O pior cenário previsto é que barcos e grandes concentrações de objetos pesados atinjam áreas sensíveis e recifes de coral ou interfiram na navegação no Havaí e na costa oeste americana.
Na melhor das hipóteses, os destroços vão se quebrar, dispersar e, eventualmente, degradar, poupando o litoral. Os escombros, porém, não vão desaparecer completamente, mesmo na situação mais vantajosa possível.
O lixo marinho é um problema permanente para o Havaí e a costa oeste dos EUA, onde detritos e outros itens prejudiciais regularmente invadem praias e recifes de coral.
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